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Essa obra pretende ser uma espécie de manual sobre as religiões ayahuasqueiras e dirige-se tanto a especialistas quanto a leigos que se interessam pelo assunto. O livro é estruturado em três partes. A primeira consiste em uma introdução panorâmica da história das religiões ayahuasqueiras do Brasil: Santo Daime, Barquinha, União do Vegetal e suas múltiplas vertentes. Apresenta também uma avaliação comentada das principais publicações dedicadas a estas religiões, destacando as características, tendências e perspectivas centrais desta área de pesquisa. Na segunda parte, discutem-se as mais significativas investigações farmacológicas, psiquiátricas e psicológicas que já foram produzidas no contexto destes movimentos. Tenta-se aqui estabelecer criticamente os resultados, contribuições e limites de tais investigações. A última parte oferece, então, uma bibliografia o mais exaustiva possível sobre o tema, proveniente de todo o mundo, e dá atenção não apenas à produção acadêmica, mas também a textos que surgiram no quadro das próprias religiões ayahuasqueiras. A expansão de tais movimentos religiosos pelo mundo nas últimas décadas causou um boom de estudos a seu respeito, para o entendimento do qual Religiões Ayahusqueiras: um balanço bibliográfico é uma obra de referência indispensável.
"Um campo do conhecimento é constituído e pode ser balizado por uma bibliografia científica, literária e filosófica que reúna todas as investigações já feitas sobre um determinado objeto, além dos métodos e teorias que podem servir para analisá-lo.
O objeto aqui em questão é uma tradicional bebida psicoativa amazônica feita de, ao menos, duas plantas: a ayahuasca, sobre a qual, com esta publicação, pode-se dizer que já há um campo internacional de estudos multidisciplinares e que um de seus focos mais importantes está no Brasil. Os ângulos de abordagem são múltiplos: antropológicos, farmacológicos, etnobotânicos, históricos, médicos, entre outros.
Esta compilação e o estudo introdutório, publicados com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), representam uma contribuição inestimável, como síntese inédita e abrangente de livros e artigos em dez idiomas sobre a ayahuasca." (Henrique Carneiro, professor do Departamento de História da USP)
Autores: Beatriz Caiuby Labate, Doutoranda em Antropologia pela UNICAMP, Isabel Santana de Rose, Doutoranda em Antropologia pela UFSC, Rafael Guimarães dos Santos, Doutorando em Farmacologia na Universidade Autônoma de Barcelona. Pesquisadores do NEIP (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos, www.neip.info).